sexta-feira, 1 de julho de 2016

Chorar feito Criança



Chorar Faz bem!

Chorar faz bem? Não sei, só sei que desabafa a alma!!! rsrs

Uma certa vez num velório de uma amiga da minha mãe, apesar dela ser uma pessoa muito querida, eu era apenas uma conhecida, porém me peguei chorando tanto, mas tanto... um tipo de choro reservado ao parente mais intimo da mulher, não a mim...
mas ali, parece que desabou tudo que estava acumulado a séculos!!!

Então, comecei a ficar mais atenta às verdadeiras razões dos meus choros, que, aliás, hoje, costumam ser raros. 


Já aconteceu de eu quase chorar por ter tropeçado na rua, por uma coisa à-toa. 

É que, dependendo da dor que você traz dentro do peito, dá mesmo vontade de aproveitar a ocasião para sentar no fio da calçada e chorar como se tivéssemos sofrido uma fratura exposta... rsrs

Qualquer coisa pode servir de motivo. 

Chorar porque fomos multados, porque a empregada não veio, porque o zíper arrebentou bem na hora de sairmos pra festa. 
Que festa, cara-pálida? 
Por dentro, estamos em pleno velório de nós mesmos, chorando nossa miséria existencial, isso sim. 
Não pretendo soar melodramática, mas é que tem dias em que a gente inventa de se investigar, de lembrar dos sonhos da adolescência, de questionar nossas escolhas, e descobre que muita coisa deu certo, e outras não. 
Resolve pesar na balança o que foi privilegiado e o que foi descartado, e sente saudades do que descartou. 
Normal, normalíssimo. 
São aqueles momentos em que estamos nublados, um pouco mais sensíveis do que gostaríamos, constatando a passagem do tempo, da idade, o surgimento de "marcas de expressão" (pra não dizer rugas) bem no meio da testa, ao lado dos olhos e do nariz...rsrs
Então a gente se pergunta: o que é que estou fazendo da minha vida? 
Vá que tudo isso passe pela sua cabeça enquanto você está trabalhando no computador. 
De repente, a conexão cai, e em vez de desabafar com um simples palavrão, você faz o quê? 
Cai no berreiro. Evidente. 
Eu sorrio muito mais do que choro, razões não me faltam para ser alegre, mas chorar faz bem, dizem. 
Eu não gosto. 
Meu rosto fica inchado e o alívio prometido não vem. 
Em público, então, sinto a maior vergonha, é como se estivesse sendo pega em flagrante delito. 
O delito de estar emocionada. 
Mas emocionar-se não é uma felicidade? Neste admirável mundo de contradições em que a gente vive, podemos até não gostar de chorar, mas trata-se apenas da nossa humanidade se manifestando: a conexão do computador, às vezes, cai; por outro lado, a conexão conosco mesmo, às vezes, se dá. Sendo assim, sou obrigada a reconhecer: chorar faz bem, não importa o álibi. 

É sempre a dor do crescimento.


Um forte abraço a todos os leitores!!
Deus os abençoe ricamente!!!

Até a próxima!


(Incluso créditos: Martha Medeiros)





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